quinta-feira, 3 de junho de 2010

ATIVISTAS DEIXAM ISRAEL


AVIÕES COM ATIVISTAS DEIXAM ISRAEL


Enviada por Marcos Nery Sobrinho

Jerusalém (efe) - depois de um grande atraso, três aviões civis turcos, com 500 ativistas dos navios que levavam ajuda a gaza, deixaram na noite de ontem o aeroporto internacional ben gurion, próximo a tel aviv, com destino a istambul. De acordo com o porta-voz do ministério de exteriores israelense, o atraso foi ocasionado por "problemas administrativos".
O porta-voz yigal palmor explicou que um dos principais problemas foi um pedido apresentado à suprema corte por organizações locais para impedir a saída de israel de alguns ativistas supostamente envolvidos "em agressões a soldados israelenses" durante a abordagem da frota, em que nove pessoas foram mortas. Palmor assegurou que o governo de seu país é partidário de deportar os ativistas, mas que "a última decisão corresponde ao supremo tribunal, que confiamos que seja tomada em breve".
O funcionário do ministério de exteriores também fez alusões a problemas sobre "a transferência para o aeroporto de sete ativistas que estão hospitalizados", e para cujo embarque as autoridades israelenses mantêm contatos com o crescente vermelho da turquia. A saída dos aviões turcos com destino a ancara estava prevista para as 18h locais.
Mais de 500 membros da frota foram levados na manhã de ontem da prisão de ela, no sul do país, ao aeroporto. Cerca de 120 ativistas de países muçulmanos saíram ontem de israel pela ponte allenby rumo à jordânia. Outros 45 já tinham sido deportados do aeroporto ben gurion depois de assinarem um documento de repatriação voluntária.
O primeiro-ministro israelense, benjamin netanyahu, ordenou na noite de terça-feira a deportação antes do fim do dia de hoje de todos os ativistas, que tiveram seus telefones e câmeras fotográficas e de vídeo confiscados. No mesmo dia, o conselho de segurança das nações unidas pediu a "imediata liberação dos civis detidos por israel".
Também foram repatriados os corpos dos nove ativistas que morreram durante o ataque aos navios, cujas nacionalidades ainda não foram divulgadas, embora sejam na maioria turcos, antecipouo funcionário do ministério de exteriores encarregado do caso, que pediu anonimato. O ministério de exteriores turco anunciou ontem que as autoridades israelenses afirmaram que pelo menos quatro dos mortos são turcos.
O polêmico ataque foi debatido ontem no parlamento israelense, onde a sessão foi marcada por desentendimentos entre deputados judeus e árabes, que resultaram em empurrões e gritos, quando a parlamentar hanin zoabi, que viajava com os ativistas, tentou discursar. Vários deputados exigiram à presidência do parlamento que proibisse seu discurso e a parlamentar do partido ultranacionalista israel beiteinu anastasia michaeli subiu ao palanque e tentou empurrá-la para tirá-la do microfone.
A tensão interna e as críticas internacionais que aumentam contra israel fizeram com que o primeiro-ministro defendesse o ataque à frota diante da imprensa. Em um comparecimento público, netanyahu afirmou que a intervenção militar faz parte dos "esforços de proteger a segurança" dos israelenses. "o hamas continua recebendo armas iranianas. Nossa obrigação é evitar que elas entrem por terra, mar ou ar", disse NETANYAHU.

Nenhum comentário:

Postar um comentário