domingo, 29 de janeiro de 2012

Mudança ética deve partir dos eleitores

Em todas as eleições  de Moreno/PE  fala-se muito em ética. Nas ruas,  e em todos os lugares há um questionamento se essa ou aquela atitude foi verdadeiramente ética. Mas até que ponto é possível classificar alguém como “ético” ou não? As pessoas sabem o que é ética? Será  que nossos candidatos a prefeito  em 2012 são éticos?
A palavra ética vem do grego “ethos”, que significa o modo de ser, o caráter de cada indivíduo. Os romanos classificam como costume, hábito. Para eles, ninguém nasce sabendo ser “ético”. É um comportamento adquirido por meio do convívio com outras pessoas.
Quando se discute falta de ética, uma das primeiras imagens que vem à cabeça da maioria da população é a de um político. Isso porque as denúncias de corrupção e desvios de dinheiro em benefício próprio, vêm sendo mostradas e denunciadas cda vez mais  pelo próprio ministério público, como já aconteceu várias  vezes aqui em Moreno. Vemos  políticos  que utilizam da posição de poder para favorecimento próprio e do seu grupo. Tambem  vemos parlamentar que trocam várias  vezes de partido. Isso são exemplos de falta de ética.
As causas dessa situação está no eleitor. A pessoa tem que escolher o candidato e  cobrar depois. Não basta só exercer o direito, ela tem que exigir uma postura do representante”,
pois  a falta de ética existe em todas as profissões.
Não podemos generalizar. Também existem políticos éticos. Mas o fato de se difundir a idéia de que todos os políticos são iguais, acaba protegendo quem é corrupto porque não há uma diferenciação.
A falta de ética é mais marcante na política porque há uma disputa entre interesses individuais e coletivos. O dinheiro que deveria ser utilizado a favor da população acaba indo, muitas vezes, para o bolso do político.
Se um grupo tem muito poder e abusa das facilidades que ele proporciona, a tendência é começar a defender interesses particulares.
A questão da ética  merece muitas discussões no mundo atual. Se todo mundo agisse corretamente, as pessoas não precisariam ficar discutindo o que é certo e o que é errado. A sociedade precisa construir uma noção do que é o bem para todos e educar as pessoas para viver isso.
A banalização da ética no meio político traz conseqüências graves para os eleitores. Muitas pessoas até deixam de votar porque acham que todos os políticos são corruptos.A democracia precisa do voto. Afinal, vence a maioria. Se o eleitor não vota ou vota nulo, ele deixa o outro escolher e, o outro, às vezes, pode escolher mal. As pessoas pensam: ‘já que ninguém presta, vou acabar votando em quem me paga mais’. Surge uma relação de troca baseada no individualismo.
O que fica notável é que muitos anos se passam, e a imagem dos políticos pouco se altera. Essa questão está relacionada à conduta individual do político. É preciso que esse parlamentar saiba o que deve fazer com o dinheiro público. Além disso, é importante que se estreitem os mecanismos de controle  e que haja tranparência  para que os culpados sejam punidos.
A mudança tem que partir dos eleitores. Temos que nos informar o máximo possível sobre o candidato.  Sem informação, a população pode ser facilmente manipulada.



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