Muitos
gritaram ao céu a verdade, muitos continuaram a propagá-la ao vento;
mas muito poucos ouvidos estão dispostos a escutar. Será que a nossa
natureza humana nos impede de ouvir o que os mestres nos querem dizer?
Será que a humanidade se encontra adormecida, embebida em falsos
valores, ídolos e ideais? Porque será que a maioria das pessoas
deambula por esta terra buscando, consciente ou inconscientemente, algo
ou alguém a quem seguir? Estamos então enfrentando o nosso próprio
adormecimento ansiando por ser identificados para pertencermos ou
tornarmo-nos parte de algo.
Muitas
pessoas se perguntaram: Quem sou? Para onde vou? Para que estou neste
mundo? Perguntas que, sem dúvida, nos trouxeram alguns problemas, mas o
problema real não se radica na pergunta, mas sim na resposta. Quantos
de nós fomos capazes de encontrá-la? E, o que é mais triste, quantos
de nós não a terão encontrado? E, mais triste ainda, quantos de nós,
tendo-nos questionado, não nos teremos sequer dado ao enfado de pensar
nisso? Será mais fácil seguir o curso “normal” das coisas, nascer,
viver e morrer sem saber para quê e porquê.
Ter-nos-emos
detido em algum momento da nossa vida para “ver” e “escutar”?
Teremos parado o mundo e analisado se estamos no caminho correcto? E
será que conhecemos sequer algum caminho que não seja o do egoísmo,
vaidade, violência, consumismo?
Muitos
se apegaram a diferentes formas de religiões e credos em busca de algo
mais humano; outros seguiram distintas formas de expressões culturais,
corporais e espirituais e, nessa busca (se é que existe alguma) como
saber se estamos no caminho correcto? Demo-nos então tempo para escutar
o nosso interior, escutarmo-nos e interpretar os sinais interiores, a
intuição. Por Claudio Fariña
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