POVO PRIVATIZADO

.  O “povo” não está nas ruas, porque foi privatizado
Sempre acreditei em correntes de opinião, em militância, em grupos organizados — e pouco importa se o que os mobiliza é o Facebook, o megafone ou o sino de uma igreja. Não existe movimento popular espontâneo. Essa é uma das tolices que os ingênuos acreditam, a prática  e as experiências  das lutas de classe se encarregaram de desmoralizar a seu tempo. O “povo na rua” será sempre o “povo na rua mobilizado por alguém”.  Mas... O que fez com que  esse "povo" baixassem suas bandeiras de lutas perdessem sua capacidade de mobilização  e  se tornassem cordeirinhos. Lembro-me que  certo tempo atrás  que o pessoal do campo por exemplo  tinha uma atuação brilhante  na sua reinvidicação pela reforma agrária  e servia de referencial para  os trabalhadores de  todo Brasil. Houve reforma agraria? Os sindicatos  nos deram grandes líderes , orgulho dos trabalhadores da cidade e do campo, e no entanto, o movimento sindical definhou. Será que nos deram líderes  realmente verdadeiros. Será que as relações capital -trabalho  melhoraram a ponto de faze valer  essa  falência-sindical ?  Nada disso aconteceu, na realidade as forças que antes mobilizavam o povo  agora não  tem mas interesses que haja povo verdadeiramente mobilizado. Certas bandeiras de lutas  antes  almejadas  agora  entram em contradição com interesses de grupos que iludiram os trabalhadores  que em troca de migalhas  foi  submetido a inércia em que se encontra atualmente. Programas  emergenciais para retirada da linha de miséria  a população  sofrida  foi perfeitamente compreensivel  mas a inviabilização , e a estagnação  do movimento sindical  e das entidades que lutavam pela reforma agrária  nos levaram a   um tremendo retrocesso.   
Infelizmente o povo foi  apenas utilizado como massa de manobra  e hoje ao invés de  criar  no seios das entidades de classe   meios para que suas bandeiras de lutas fossem   realmente  alcançadas   atuam como entrave  velado e alienador.