O Governo deverá enviar ao Congresso, provavelmente ainda no mês de
outubro, um projeto para “regulamentar” o direito de greve dos
servidores públicos
Cercear o direito de greve dos servidores é uma ação que transcende o
plano conjuntural, é parte de um projeto maior de dominação burguesa,
que, dadas as condições em que o capitalismo opera hoje, precisa
aumentar a taxa de exploração do trabalho para garantir sua
sobrevivência. É um direito que vem sendo minado, na prática, pelos
governos Collor, FHC, Lula e agora Dilma, com a terceirização de
serviços do Estado, a redução de salários e a retirada da data-base para
a negociação dos reajustes salariais do funcionalismo, feita sob a
alegação de que era preciso “não realimentar a inflação”.
É preciso esclarecer a população que o prejuízo maior não é pela falta
de aulas que ocorre durante as greves de professores ou de atendimento
de saúde que ocorre durante as greves de profissionais de saúde, mas sim
pela falta de escolas, de hospitais, de universidades para todos, com
pessoal qualificado e bem pago, com alta qualidade. Defender o direito
de greve dos servidores públicos é defender o direito da população lutar
pelos seus direitos.
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