AS FLÔ DE PUXINÃNA
Três muié ou três irmã,
Três cachôrra da mulesta,
Eu vi num dia de festa,
No lugar Puxinanã.
A mais véia, a mais ribusta
Era mermo uma tentação!
Mimosa flô dos sertão
Qui o povo chamava Ogusta.
A segunda, a Guléimina,
Tinha uns ói qui ô! Mardição!
Matava quarqué critão
Os oiá déssa minina!
Os ói dela paricia
Duas istrêla tremendo,
Se apagando e se acendendo
Em noite de ventania!
A tercêra, era a Maroca.
Cum um cóipo munto má feito.
Mas, porém, tinha nos peito
Dois cuscús de mandioca.
Dois cuscús, qui, prú capricho,
Quando ela passou pru eu,
Minhas venta se acendeu
Cum o chêro vindo dos bicho!
Eu inté, me atrapaiava,
Sem sabê das três irmã
Qui eu vi im Puxinanã,
Quaá era a qui mi agradava...
Inscuiendo a minha cruz
Prá sair desse imbaraço,
Desejei morrê nos braços
Da dona dos dois cuscús!!
Três cachôrra da mulesta,
Eu vi num dia de festa,
No lugar Puxinanã.
A mais véia, a mais ribusta
Era mermo uma tentação!
Mimosa flô dos sertão
Qui o povo chamava Ogusta.
A segunda, a Guléimina,
Tinha uns ói qui ô! Mardição!
Matava quarqué critão
Os oiá déssa minina!
Os ói dela paricia
Duas istrêla tremendo,
Se apagando e se acendendo
Em noite de ventania!
A tercêra, era a Maroca.
Cum um cóipo munto má feito.
Mas, porém, tinha nos peito
Dois cuscús de mandioca.
Dois cuscús, qui, prú capricho,
Quando ela passou pru eu,
Minhas venta se acendeu
Cum o chêro vindo dos bicho!
Eu inté, me atrapaiava,
Sem sabê das três irmã
Qui eu vi im Puxinanã,
Quaá era a qui mi agradava...
Inscuiendo a minha cruz
Prá sair desse imbaraço,
Desejei morrê nos braços
Da dona dos dois cuscús!!
Severino de Andrade Silva, de alcunha Zé da Luz
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