sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Poema tributo a Cecília Meireles


 
Na
janela no do meu quarto , nasceu uma lua adversa e só assim pude compor a minha derradeira serenata fiz uma canção onde até mesmo o firmamento  se rejubilava naqueles tempos de outrora e a minha alma começava a absolver o néctar da vida.
Meu
peito se abria, como se fosse uma rosa que desabrocha em cada pétala se esconde os mistérios de um novo amanhã ,abriu na minha carne um gosto de saudade e foi assim que eu aprendi a não mais falar de ti deixei cair do meu rosto essa máscara negra roubando de mim, a minha inocência , como um pálido reflexo que se mostra através do meu rosto.
Como
se fosse uma suave ironia do destino emoldurando nas entrelinhas dos nossos pensamentos diluindo na cerne do esquecimento o nosso sorriso,que ficaram auto psicografadas  dentro de um retrato.
Faz
de mim , a tua estranheza e o teu espanto tira de mim essa negação e o frio da solidão como se fosse um doce castigo, vi o nome se esvair numa total falta de comunhão entre o meu corpo e o meu espírito mas mesmo assim as gerações futuras ainda falarão de mim onde as pessoas sempre me julgavam boa para o ruim como se fosse um astro supremo regendo todo o universo.
As
palavras ora me despem ,ora me deixam tímida , e assim esqueço os teus cruéis queixumes  os meus, os seus, os nossos, sonhos de paixão
além dos passos dados ou daqueles que não foram dados
além das trevas , como um corpo mutilado por lábios humanos, vem morar na minha filosofia vem roubar a minha paz minha doce obsessão
Nos
canteiros onde nós nos conhecemos ficou um registro para a posterioridade
falar da tua pureza , é sentir , de leve , de manso a tua aura angelical e senti as tuas mãos afagarem os meus cabelos como se fosse a brisa da manhã com toda a sua fúria
Tu
sempre tu minha minha doce e sempre tenra amiga poesia e foi a partir desse instante que tu notável princesa brindasses a todos com o teu talento , Cecília Meireles.
Artur Porto

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