sexta-feira, 18 de abril de 2014

Emílio Santiago : A voz de ouro que mais parece um anjo

 


Como
seria doce morrer no mar, ver o sol se esconder por trás das montanhas
e receber a doçura dos meus silêncios
como 
uma canção composta pelo silêncio que corta a minha voz um canto cheio de lamentos
como se fossem, pontos de interrogação, dissipando o meu coração como se fossem amores ausentes
que outrora naqueles tempos idos
como se fosse a verdade chinesa proferida  pelo mais insano dos sábios
como um suave aroma que se esconde nas manhãs cinzentas e frias de doces primaveras
ou de cruéis invernos
Como
se fossem, folhas mortas caídas ao chão
olhai os lírios que nascem campos que surgem de forma insuspeitada
parecem paralisar o meu sorriso e a minha lágrima
como se fossem o horror, de uma guerra
Descobri
na sutileza de uma nota musical
que as flores da liberdade, acabam com a mediocridade
a minha música chegava aos céus como uma prece, aonde muitos diziam se parecer  com a voz de um anjo
que corta a eternidade
num misto de ternura e saudade e nessa cadê juízo
e então vamos vivendo no compasso do criador
como um deus negro chegaste pra viver ao lado do pai
sem coroas ,sem palácios , sem andrajos reais
apenas chegasses aos céus com vestes das amarguras que o tempo teceu para nós,
não havia definição pro seu talento
que era joia mais preciosa pois nem tudo que reluz é ouro
Desculpem
a modéstia e a franqueza num gesto subliminar
corpo e espírito
alma e natureza brincam com a nossa emoção
tentando decifrar a linguagem, da razão
Valeu por tudo grande mestre, Emílio Santiago

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