terça-feira, 10 de junho de 2014

Castro Alves: nas fronteiras de além mar


A

lua estava no tom de um  vermelho escarlate , a água turva dos oceanos
pareciam agitar as proas dos navios negreiros
seres tratados como animais, vendidos como se fossem velhas mercadorias
quando, não conseguiam resistir aos flagelos , seus corpos eram atirados ao mar para serem emergidos
pela mediocridade humana       
diria o  Provérbio se mata o homem, mas a sua história fica
amordaçadas pela estática do tempo que tenta fazer o seu curso natural
do homem, ser primitivo tentando vencer o mal
Entre
a sombra e a escuridão a humanidade caminha a longos passos para abismos tão profundos
como um alguém que enterrou o seu passado e esqueceu de refazer a sua história.
Mãos 
feridas pelos grilhões  que nos proíbem de enxergar as luzes da liberdade
de minha terra e do ventre de minha mãe, fui expulso muito cedo.
Meus
olhos se perdem  nas fronteiras indizíveis de além mar
vendo o amor sendo  crucificado , na cruz do calvário?
Até
quando senhor Deus dos desgraçados
que se encerra em meu peito juvenil a voz da minha liberdade
e escuto as vozes da África clamarem por um pouco mais de justiça.
Não sejamos falsos profetas, como diz o Fernando Pessoa : Tudo na vida vale a pena quando a alma não é pequena
Alguma, coisa nesse universo é grande Deus. 
Este trabalho vai grande para o grande  mestre das palavras : Castro Alves
ass: Artur Porto

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