Na medida que o Calendário Eleitoral se aproxima, vereadores, deputados e demais políticos se articulam intensamente na procura de apoios visando o sucesso eleitoral. Após uma análise desse cenário, avaliam como um comportamento comum o ato de deixar a ideologia partidária em segundo plano para buscar a manutenção de alianças que possibilitem uma maior atração de votos. Apesar da fidelidade partidária ter tentado inibir a troca de legendas, membros de vários partidos parecem não se preocupar com o fortalecimento das siglas a que pertencem quando o assunto é assegurar o apoio ao padrinho ou afilhado político.
O eleitor é quem referenda esse quadro na medida em que a maioria da população pouco se importa com o partido ao qual o candidato é filiado. A maioria dos eleitores está muito mais preocupada em saber o que aquele candidato fez ou não. Ou seja, o eleitor comum está muito mais atento com a folha corrida do sujeito do que com o perfil ideológico que ele defende.
Com raríssimas exceções, a maioria das legendas são esvaziadas de ideologia. Os demais membros se filiam ao partido muito mais para garantirem o apoio de uma liderança do que pelo compromisso programático. Esse é o retrato da nossa realidade onde vemos os ditos militantes político de forma vergonhosa, passam a apoiar figuras que em recentes campanhas eram tidos como arqui-inimigos e que de uma hora para outra tornarem-se seus candidatos demonstrando uma total falta de bom senso. São representantes que navegam de acordo com interesses de determinadas lideranças e, muitas vezes, de interesses meramente particulares" .
Lamentamos que essa realidade tenha forte peso para o crescimento do descrédito da população em relação à política partidária que a cada dia torna-se mal vista por todos, porque a maioria, em vez de fazer uma ação em busca dos interesses da sociedade que eles representam, muitas vezes, se preocupa em garantir apenas os interesses pessoais ou de pequenos grupos.
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