Parece que temos a necessidade de
cultuar. A principio cultuávamos a natureza, depois fomos criando deuses
relacionados a ela para cultuar, criamos imagens para eles, pintamos
cavernas, pirâmides e esculpimos suas formas em argila e pedra.
O tempo passou e continuamos a cultuando os humanos que nos dominavam:
reis, rainhas, imperadores, sacerdotes e afins. As pessoas se reuniam
para vê-los passar, para beijar suas mãos, para pedir bênçãos, para ter
qualquer tipo de proximidade com aqueles que detinham o poder, que
espelhavam aquilo que todos sonhavam ter sido, mas não tiveram a
oportunidade
Apesar de hoje
vivemos em um mundo em que, ao menos teoricamente, qualquer um pode
se tornar rico ou famoso, seja pela sua habilidade futebolística,
talento musical e artístico, pela beleza, pela sorte de apostar os números certos na loteria, pelo espírito empreendedor e, porque não, pela habilidade de praticar golpes e falcatruas afins continuamos cultuando pessoas, que se tornam um exemplo de
sucesso, que conquistam aquilo que gostaríamos de ter conquistado.
Como se não bastasse vermos um bando de babacas que
idolatram pessoas e objetos, ainda presenciamos a babaquice chegar a níveis extremos, com direto a desmaios em shows de cantor famaso , brigas e até morte por infarto de torcedores em campo de futebol ou um bando de fãs
enlouquecidos brigarem para ficar na frente do palco, tirar uma foto com algum artista, acampar durante dias na
fila de entrada de um show de cantor internacional ou coisa parecida.
Até entendo este fenômeno entre adolescentes – a confusão de
hormônios deixa a gente meio sensível e meio fanático por certos ídolos,
mas eu tenho me preocupado com essa atitude nos adultos. Será que estamos realmente evoluindo?
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