Artur Porto - Blog ACENTELHA |
Que a voz dos nossos desejos sufoquem os nossos desejos e nossos risos , nossas lágrimas...
como se a carne tivesse entorpecida por toda essa volúpia que nos sujam com o carmim barato, como se fosse um beijo dado na boca de uma cortesã como diz o Augusto dos Anjos, não se escarra, na boca de quem beija, eu sempre como a fênix sempre renascerei das cinzas do teu corpo e porque não dizer do teu silêncio, como uma criança que despreza o perecível quero revirar a tua vida ao avesso.
Como um novo caminho nesse nosso amor de cama e mesa o tempo jamais medirá distâncias para quem quer viver um grande amor e o vento que usa toda a sua fúria.
Não quero ser mais um na multidão, que se culpa pelas coisas pérfidas e nulas.
Como será um novo amanhã sem o sol e a lua?
Como seria um novo céu sem a beatitude divina?
ou sem o pingo da chuva para embelezar as pétalas da flor como se o orvalho fosse uma lágrima sentida
Como seria desestimular beijar uma boca que não fosse a sua
como se fosse um dia comum sem glória
ou inferno sem fogo?
Pelo desestímulo das coisas minha carne foi crucificada
aos pés da santa cruz
então sempre colocaremos a culpa nas estrelas
que dissipam as galáxias nesse caminho que nos fazem cruzar a via láctea.
Como são loucos os caminhos da vida
Mas que os nossos dias sejam tempos de paz.
Como Podemos encerrar esse artigo se não dizendo que a vida é como ela é.... valeu por tudo Nelson Rodrigues.
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