sábado, 11 de outubro de 2014

RACHA NO GRUPO DE MARINA SILVA

Werther Santana/EstadãoRede Sustentabilidade, grupo criado por Marina Silva, estaria rachado após liberação de voto em Aécio
Diante da resistência do seu grupo, a ex-candidata, que teve quase 22 milhões de votos, tem condicionado o apoio a Aécio a mudanças no programa de governo do tucano. Entre os pontos que precisariam ser revistos está a defesa da redução da maioridade penal para crimes hediondos. O candidato também teria de fazer um aceno à esquerda, com apoio à reforma agrária e às causas indígenas.
Essas mudanças, porém, não são consideradas suficientes pelo grupo de dissidentes. "Constitui-se grave erro político a declaração de voto e a adesão à campanha de Aécio Neves. Nenhuma modificação formal no programa eleitoral de Aécio transformará a natureza de sua candidatura, que não se constitui de palavras, mas de atos de história concreta que indicam sua integração orgânica à desconstituição de direitos, aos ruralistas e ao capital financeiro", diz o texto.
A nota também afirma que, como a candidatura de Marina se pautou na ideia da terceira via, para quebrar a polarização entre o PT e o PSDB, o apoio a Aécio seria incoerente e colocaria em risco o projeto da nova política representado pela Rede.
"Ser parte da polarização PT X PSDB é sepultar a luta por uma nova política. É também o sepultamento do projeto original da Rede Sustentabilidade, que nasceu com o propósito maior de estimular a emergência dos sujeitos autorais, dos indivíduos livres e conscientes, que não se dispõem a realizar suas mais legitimas aspirações e interesses no âmbito da velha, estagnada e conservadora política que tanto PT quanto PSDB representam e praticam."

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