domingo, 9 de agosto de 2015

ARRANQUE OS RÓTULOS

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Infelizmente, desde muito cedo aprendemos não só a dar nomes a tudo o que conhecemos, mas também a colar a elas certos rótulos. Atribuímos conceitos fechados e com significados estanques, permanentes e, muitas vezes, imutáveis até mesmo para as pessoas. Pessoas não cabem em caixinhas. Não se podem definir. Ninguém é apenas mocinho ou bandido. Quem é vivo, surpreende. E quanto mais preconceituoso, dogmático e inflexível for o rótulo que você escolher, menos você se deixará surpreender.
Na verdade, rótulos existem para identificar o conteúdo, as características ou a composição de um produto. Toda vez que alguém identifica outra pessoa com algum rótulo, reduz um ser humano à categoria de produto, que, no entanto, depende de uniformidade para existir. Não podemos ser produtos!
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Cada um de nós tem aspectos e formas diferentes, definidos de acordo com contextos, transformados pelo convívio e idealizadas a partir das circunstâncias. Quando se fala, portanto, que “a mulher de antigamente era criada para ser dona de casa” e “a mulher de hoje é criada para ser uma executiva e conquistar o mundo”estamos apenas trocando uma etiqueta por outra. É preciso haver mais. Existe mais conteúdo – complexo e indefinível – a ser visto por baixo dos rótulos.
Eu, por exemplo, conheço homens de todos os tipos: aqueles que gostam de futebol, outros que se encantam por carros, que sabem fazer churrasco, que gostam de comida japonesa, que podem parafusar quadros nas paredes. Nada disso, lhes faz mais ou menos homens.  Assim como conheço mulheres mais ou menos delicadas, que sabem manejar prego, martelo e furadeira, que adoram cozinhar ou que mal sabem ferver uma água. Algumas ricas, algumas pobres. Nada disso fez qualquer uma delas mais ou menos mulher, melhor ou pior. O fiel da balança é sempre algo que não se explica e que não cabe em planilhas.
Precisamos de coragem para olhar a vida de frente, de olhos abertos, dispostos a enxergá-la em sua amplitude, o que inclui o belo e o feio, o agradável e o desagradável, a luz e a escuridão. Chega de dominantes e dominados! Se somos todos iguais, somos todos singulares também. E isso é simplesmente M.A.R.A.V.I.L.H.O.S.O.
Enquanto insistirmos em rotular as pessoas, acreditando que quem se comporta assim, ou quem se veste de determinada maneira é isso ou aquilo, continuaremos condenados a apenas substituir as etiquetas. É claro que temos o direito de querer ou gostar daquilo que nos for melhor. Nosso direito de escolha nada tem a ver com a inteligente decisão de parar de rotular. Mas fica aqui uma dica: no desconhecido e diferente você também poderá descobrir lindos caminhos em si e nos outros. Sem etiquetas.

*Texto inspirado em Dra. Rosana Braga

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