quinta-feira, 10 de setembro de 2015

AS MOSCAS DA PRAÇA PÚBLICA

Onde  cessa  a  racionalidade  a coerência  e a  possibilidade de  raciocínio,  começa  a praça pública ,  onde começa a praça pública  começa também o ruído dos grandes cômicos e o zumbido  das moscas venenosas e  é uma pena que  o povo  chama  a esses enganadores de grandes homens. 
O povo não tem  a dimensão  do que é grande, quer dizer, o que  realmente cria. Mas no entanto tem uma tendência  exagerada  a  dá  atenção  e acreditar  em todos os apresentadores  e a todos os comediantes  que se apresentam na  praça pública   alardeando com suas bocarras seus grande feitos  e  discursando   sobre as grandes causas .  
O mundo gira em torno dos inventores de novos valores, Gira de modo invisível, mas é  em torno das moscas venenosas  que gira o povo. É dessa forma que o mundo  anda... 
Na  verdade  a praça pública  está cheia de palhaços solenes  e o povo se vangloria  de seus grandes  homens ,  são para eles  os senhores do momento e os seus salvadores da pátria.
Para os que  pensam   é  fácil perceber que tudo quanto é grande  passa longe  da praça pública  e da fama.  É longe da praça pública e da fama onde sempre viveram os verdadeiros inventores  de novos valores e para conseguir esse feito  o mais racional  é  afastar-se da praça pública e das moscas venenosas  pois sua vingança é invisível,   e abstenha-se  de  levantar o braço ou a voz  contra eles, são inumeráveis e  teu destino não é ser  espanta - moscas.
Fragmentos- Assim falava Zaratustra
  

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