sábado, 19 de setembro de 2015

"O maior inimigo do conhecimento não é a ignorância; é a ilusão do conhecimento"

A frase acima é atribuída ao grande Stephen Hawking. E não vou mentir: concordo em gênero, número e grau, tanto que é uma das coisas com os quais eu mais me preocupo no avaliar novas informações, em qualquer circunstância. Mas a ilusão de conhecimento possui uma extremidade oposta, que pode ser tão prejudicial quanto ou até pior, que eu chamarei de “falsa ignorância”.
A “ilusão do conhecimento” a que Hawking se refere não é a ignorância da verdade, como uma pessoa acreditar que algo é X, mas não sabe que algo é Y. A ilusão do conhecimento é a perspectiva onde “sua” verdade é incontestável e deve se sobressair (quer a pessoa o faça consciente ou inconscientemente), mesmo que as evidências apontem para o contrário.
Já a falsa ignorância é um termo que eu acabei de inventar* e se refere a uma ilusão (“ato” ou não) de humildade perante o que não sabemos e a noção de que isso garante que tudo seja passível de ser verdade.
Ambos são absurdamente comuns na vida cotidiana, mas se fazem presentes de forma mais enfática, é claro, na internet, especialmente nos comentários de portais e nas redes sociais. A ilusão de conhecimento é detectada muitas vezes em adeptos ferrenhos de ideologias políticas e religiosos fundamentalistas.

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