sexta-feira, 25 de março de 2016

Nota Política do PCB


REPUDIAMOS A MENÇÃO AO PCB NO ESCÂNDALO DAS “DOAÇÕES” ELEITORAIS DA ODEBRECHT!
Entre os documentos relativos às propinas praticadas pela Odebrecht, apreendidos pela Polícia Federal e já amplamente divulgados pela mídia, encontram-se várias planilhas de doações a partidos da ordem e políticos profissionais.
Desta vez, o midiático juiz Sergio Moro apressou-se em decretar o sigilo do material, certamente pressionado pelos donos do sistema, preocupados porque todos os seus principais políticos estão envolvidos nos escândalos (inclusive alguns que pretendem se tornar presidente da república). A ampla divulgação dos seus nomes dificultaria a superação da crise política institucional e chamaria a atenção dos trabalhadores de que são todos farinhas do mesmo saco e que o capitalismo é corrupto por sua natureza.
Mas o sigilo decretado preservou os nomes dos favorecidos pelas doações e não os das legendas partidárias. Foi o bastante para a sempre manipuladora Rede Globo incluir o PCB entre os partidos beneficiários das doações, passando a impressão de que todos são iguais, uma velha manobra para levar os trabalhadores a virarem as costas para a participação política.
No caso da “denúncia” ligada ao nosso Partido, depois de pesquisarmos todas as planilhas divulgadas, descobrimos que aparece estranhamente a sigla PCB, como supostamente tendo recebido um determinado valor. Pesquisando-se os nomes dos beneficiários das doações, identificado como sendo do PCB encontra-se apenas o nome de um certo Jorge VI, de Maceió (Alagoas).
Consultando as redes sociais, os nossos registros e os registros eletrônicos da Justiça Eleitoral, descobrimos o que pode ser um erro da planilha ou uma grosseira farsa. O referido Jorge VI existe: como se vê em seu perfil no facebook, se apresenta como “político” do PSDB, um profissional eleitoral. De dois em dois anos, é candidato a algum cargo: pelo PSDB (2000, 2002, 2004, 2012 e 2014) ou pelo PSC (2006, 2008 e 2010). Nunca pelo PCB!
Desde que surgiu a notícia, transmitimos à nossa militância e amigos a firme confiança de que não há qualquer possibilidade de esta denúncia ser verdadeira em relação ao PCB. A linha política e a conduta do nosso Partido não se coadunam com financiamento privado de campanhas. E nem a burguesia financia seus inimigos.
Não ficaremos apenas na divulgação desta nota política, que adianta muito pouco em relação ao alcance de um Jornal Nacional. Tomaremos todas as medidas políticas e judiciais para que não fique deste episódio qualquer dúvida ou questionamento sobre a nossa coerência política, um dos principais patrimônios de que dispomos.
Em seus 94 anos de vida, o PCB teve muitos camaradas assassinados, torturados, exilados, presos, processados. Todos por lutarem contra o capitalismo. Nunca pela corrupção inerente a esse sistema.
Comissão Política Nacional do PCB (23/03/16)

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