terça-feira, 21 de novembro de 2017

ILUSÕES

Um mundo no qual escolhemos a mensagem rápida e fácil do Whatssap ao invés de um texto com muitas linhas ou o livro de 400 páginas que temos para ler. Vivemos numa sociedade imediata, que valoriza o agora, o já, mas que não se atém às boas conquistas que exigem alguns dias, semanas ou meses.
Um mundo em que queremos saber mais, porém nos esforçamos cada vez menos. Pessoas que falam sem conhecimento prévio, e que substituíram verdadeira e absolutamente a criticidade pelo senso comum. Um mundo onde falar é muito importante, mas onde não há a necessidade de ouvir e aprender algo novo.
E, portanto, percebemos que vivemos em um mundo onde nada é de fato verdadeiro. Ah! Quem dera se ele fosse um mundo descartável, e pudéssemos jogá-lo numa lata de lixo e recomeçar do zero. Mas não é assim que funciona. O que foi feito, está feito. Mas talvez, em algum lugar no mais profundo esconderijo do pensamento humano o homem decida repensar suas atitudes e criar um novo amanhã na história da humanidade.
Precisamos de um mundo com pessoas que saibam amar genuinamente, pessoas que valorizem o sorriso verdadeiro, o abraço inconsciente, o perdão imediato, o auxílio nas horas difíceis. Pessoas que encontrem a alegria nas mais modestas situações e que entendam que viver bem é estar ao lado de quem as conforta. Pessoas que façam da vida uma obra de arte efêmera e única, pintada num quadro onde não haja espaço para arrogâncias, egoísmos ou solidão.
Precisamos de um mundo em que a felicidade não seja conquistada com algumas míseras curtidas no Facebook, ou com vários compartilhamentos daquela fotografia do Instagram que você nem sequer sorriu de verdade. Necessitamos de um mundo melhor, mas melhor do jeito real, em que pessoas sejam de fato pessoas, e que as relações pessoais sejam fundamentadas na bondade, no carinho, na caridade e no altruísmo.
Um novo mundo onde a base construtora das sociedades se reduza a uma simples palavra: AMOR! Um mundo em que essas quatro letras nos fará novamente humanos, e no qual deixaremos de levar uma vida fútil e vaga, alcançando a felicidade nos mais ínfimos momentos de nossa existência.
Paulo Guerra

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