sábado, 25 de novembro de 2017

PARA ONDE A SOCIEDADE DE CONSUMO NOS LEVARÁ?

A imagem pode conter: uma ou mais pessoas
Numa guerra não é apenas o dedo de um soldado que puxa o gatilho.

Foto do perfil de Hideraldo Montenegro, Nenhum texto alternativo automático disponível.
Hideraldo Montenegro
Desde a aurora da civilização que procuramos proteção e conforto para, assim, termos uma vida melhor, saudável e mais longa. Justo desejarmos uma boa casa, um bom sofá, uma boa cama, um bom automóvel, etc. Contudo, aquilo que seria um desejo justo virou uma catapulta para o ego e, desta forma, a sociedade de consumo transformou as conquistas tecnológicas em instrumento para a autoafirmação.
Hoje, aquilo que simplesmente deveria servir como conforto se transformou em status. Quem tem mais coisas (digo, objetos) é o(a) melhor, o(a) mais forte, o(a) mais competente e, consequentemente, o(a) mais desejado(a).
Quem tem, tem. Quem não tem, fica chupando o dedo e fará tudo para ter. Hoje, um ladrão não rouba por necessidade, mas para se auto- afirmar. A preocupação, por exemplo, dos traficantes do Rio de Janeiro é comprar tal marca de tênis, ter tal automóvel ou moto, usar grossos cordões de ouro pendurados nos pescoços, etc.
Hoje, vende-se peitos, bundas e celulares com a mesma intenção que se vende um carro importado. Os drs. Hollywoods vendem reformas humanas como vende-se reformas de apartamentos.
Objetivo? Impressionar o outro.
A televisão, sustentada pela publicidade, estimula os consumidores através de mulheres gostosas, homens belíssimos e objetos sedutores.
Assistimos a massificação de programas como Domingo do Faustão e Big Brother contribuindo com o idiotismo geral.
Os gatilhos são armados aí, mas todos se eximem e possam de inocentes e bons moços e são os primeiros a condenar aqueles que eles estimulam.
Os valores são subvertidos. Vale-se pelo que se tem. Uma marca pesa mais do que qualquer essência humana. E, assim, esta sociedade consumista vai empurrando os cidadãos, em sua ganância, para um grande nada que, infelizmente, tem estimulado os jovens (principalmente) para uma disputa sangrenta.
A produção de desajustados e marginais têm responsáveis e uma base muito clara. A geração Shopping Center vai firmando-se como uma coisa normal. Nada é questionado. Nada é feito e tudo segue conforme aqueles que estão ganhando com isto. Ou revertemos esta situação ou esta situação nos destruirá inevitavelmente. Ou resgatamos nossos reais valores ou o desastre será iminente.
Hideraldo Montenegro

Nenhum comentário:

Postar um comentário