sexta-feira, 4 de maio de 2018

LEI DA VANTAGEM

Alexandre  Luna 

É incrível! 
No Brasil a corrupção é institucionalizada, faz parte de nossa índole como se fosse uma qualidade. Estas pensando que falo dos políticos, não é? Ora, eles nada mais são do que um reflexo da população, nosso cartão de visitas para o resto do mundo. Se votarmos em uma pessoa porque ela nos deu uma cesta básica, um blister de medicamento ou facilidade em algum programa governamental, como será seu comportamento após eleito?

Assim como nas eleições, usamos a corrupção no nosso dia a dia. Nos vangloriamos em vender um carro por mais do que ele realmente vale, e ainda equipando-o com peças  reformas paralelas e duvidosas. Usamos desculpas e oferecemos propina para fugir das multas, pedimos favores ao conhecido do banco para não ficar na fila, estacionamos nas vagas reservadas para deficientes, fumamos dentro das danceterias, vendemos sentenças e somos testemunhas do que não presenciamos, não casamos legalmente para continuar recebendo pensões, arrumamos subterfúgios para não ajudar a criar nossos filhos, batizamos os combustíveis, burlamos descaradamente a receita, fingimos doenças para conseguir atestados e aposentadorias, usamos cargos públicos em benefício próprio e vendemos os princípios éticos em prol do jeitinho brasileiro. Sim, a exceção é a regra do egoísta o povo é tão competente na arte da malandragem que conseguiu privatizar a corrupção, dando-lhe muitos sinônimos: tráfico de influência, articulação, geton, indicação, lobi, propina, comissão, definições resumindo em um único objetivo, "vantagem."

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