Megaeventos são frequentemente usados como instrumentos do poder
hegemônico ou como demonstrações de ‘ufanismo’ urbano pelas elites
econômicas, casados com uma visão tacanha do crescimento das cidade
Outras Copas
Um dos pontos mais criticos em sediar um
megaevento é a dívida que se cria ao deslocar recursos públicos que
iriam para necessidades básicas das cidades – como saneamento,
transporte público, educação, etc. – para estádios e obras específicas
de mobilidade. Como exemplo, usa a Copa de 1994 nos Estados Unidos:
“Estudos mostram que ao invés do lucro de 4 bilhões esperados com o
megaevento, as cidades sofreram perdas que variaram entre $ 5,5 e $ 9,3
bilhões”. E continua: “Em Barcelona, o que se viu depois das Olimpíadas
de 1992, foi um aumento significativo do custo de vida [de 20%, segundo
pesquisa da Universidade Autônoma de Barcelona]. A cidade também sofreu
com o desemprego, porque foram criados muitos postos temporários, com
baixos salários. Com o fim do evento, havia uma massa de desempregados.
Nas Olimpíadas de Montreal (1976) além do desemprego, a cidade sofreu
com o corte de investimentos em áreas essenciais. Com isso sofrem os
pobres, que são os que menos aproveitam os megaeventos”. Em Atlanta,
após as Olimpíadas de 1996, o que ficou, segundo o artigo, foi um
projeto de mobilidade urbana que não ajudou os cidadãos.
Fonte : apublica.org
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