O partido dos trabalhadores - PT- literalmente criou "cobras", na medida em que abriu mão do seu caráter politizador em troca do poder . O partido parou de fazer o trabalho de base, “o único caminho possível para se politizar” a população. Logo no primeiro governo Lula víamos claramente que, para governar, o PT começou logo na campanha eleitoral a negociar os seus princípios, e bem menos radical começou a predominar dentro da sigla a filosofia do "paz e amor" . Hoje o partido sangra com a operação lava jato que é muito bem aproveitada por setores que anseiam pelo cultivo do ódio ao PT , que não é nada saudável para nossa democracia , nos levando a entrar numa fase em que a democracia vai ser testada e para sair dela, teremos que fazer valer os princípios ideológicos e o caráter politizador esquecidos pelo PT. Diante desse quadro só nos resta um questionamento :
Valeu a pena os acordos realizados pelo PT em troca da “governabilidade”?
Alianças parlamentares para a manutenção da governabilidade são justificáveis. Porque , qualquer governo, que chegar ao Executivo tem que dialogar, ter uma relação produtiva, digamos assim, com o Parlamento. Ele não pode escolher o Parlamento, que é escolhido pela sociedade. É preciso respeitá-lo e negociar com ele. Os pactos parlamentares que dão sustentação a uma ação executiva são justificáveis, desde que a política do Executivo seja justificada. Muito diferente dos acordos e alianças esdrúxulas, feitas objetivando unicamente o poder pelo poder , como as que foram feitas pelo partido dos trabalhadores . Quando o PT optou por "alianças eleitorais", que nada tinham a ver com as suas origens não se apresentou para o eleitorado com cara própria o que inevitavelmente só levou a perda da sua identidade e a perda da capacidade pedagógica que as eleições têm que ter, do ponto de vista da esquerda , o PT "esqueceu" o fato de que a esquerda não disputa eleições só para ganhar. É claro que também para ganhar. Mas ela disputa para educar, para politizar a população. Para mostrar que existe um programa alternativo àquele da classe dominante que pode ser implementado, e ganhar apoio do povo.
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