segunda-feira, 6 de julho de 2015

Prefeito Dilsinho Gomes revela a falta de compromisso e capacidade do vice Sanclair Costa


Quando convidei o Sr. Sanclair Costa para ser nosso candidato a vice-prefeito, em 2012, o fiz por entender que na coligação que havíamos montado precisava de alguém com disposição para ajudar e que não tivesse os velhos vícios da política. Formamos uma frente com 10 partidos que se juntaram em torno de um programa de governo. Outros tantos não ficaram conosco por quererem fechar apoio em cima de promessa de secretarias, cargos ou outras benesses.
Na transição, pedi a ele que coordenasse a equipe. Seria uma forma de prestigiá-lo e de sentir o grau de interesse pelos problemas da cidade. Já ali, percebíamos algo que não é crime algum: Sanclair não entendia nada de Administração Pública. O problema viria adiante, quando percebi que ele não tinha vontade alguma em entender. Participava das reuniões com a equipe da gestão anterior e entrava mudo e saia calado. Os outros integrantes da equipe desenrolavam os nós nestes momentos.
Foi nesta época que percebi qual o maior interesse dele antes de tomar posse: acumular o subsídio de vice com o salário da Conab (onde é servidor) e arranjar espaço para acomodar parentes ("para ajudar nas despesas da casa", como dizia). Disse a ele que um dos primeiros projetos de lei que encaminharia à Câmara era o que proibia o nepotismo e que a Constituição não permitia acumular as remunerações do órgão federal com o subsídio de vice-prefeito.
Já empossados, sempre procurei inseri-lo nas reuniões de avaliação e planejamento. Herdamos diversos problemas já conhecidos de todos e era importante que todos tivessem acesso a tudo para que a realidade tivesse a compreensão coletiva. Quando ele podia participar, já que o consultório consome muito tempo dele, ficava mexendo no celular sem prestar atenção ao que estava sendo discutido. Sempre, repito, sempre perguntava a ele se tinha algo a comentar, questionar, propor. O "não" era recorrente como resposta.
Em particular, sua maior preocupação era dita a mim: saber quando iria receber o atrasado que havia ficado da gestão anterior. Aos que não sabem, a clínica de odontologia dele possui convênio há vários anos com a Prefeitura. O servidor público autoriza o desconto em folha e a Prefeitura repassa à Clínica Odontológica Lucrécio Vieira Costa Ltda. (através do Portal de Transparência você pode conhecer todas as despesas e receitas da Prefeitura). Mas, na gestão anterior, assim como os salários de alguns meses e os empréstimos bancários consignados, não houve repasse financeiro de um período à Clínica.
Por mais que lembrasse a ele que tínhamos que honrar primeiro os atrasados dos servidores, insistia constantemente para receber logo. Algo impensável para alguém que deveria ser o primeiro a querer dar o bom exemplo ao meu lado. Mostrando que coerência não é algo que lhe seja familiar, nas eleições de 2014 ficou ao lado do ex-prefeito que deu causa a este calote. Isso após tentar leiloar seu apoio a quase uma dezena de deputados (dito a mim pelos próprios).
Recentemente, foi atrás dos vereadores em busca de aliados numa trama golpista. Espalhou aos quatro cantos que nossas contas de 2013 haviam sido rejeitadas quando ainda estavam em análise. Dias após, com a aprovação das contas pelo Tribunal de Contas do estado, sequer teve a decência de corrigir a informação a quem espalhou a mentira.
Portanto, não estranho sua presença ao lado de quem ele tanto esculhambou quando aceitou compor nossa chapa. Ali ele está à vontade, ao lado dos que destruíram a base de qualquer administração pública que se preze. Ao lado daqueles que trabalham diuturnamente o "quanto pior, melhor" para tirar proveito eleitoral.
Seu afastamento, pelo menos, poupa a todos nós de ver novamente cenas dignas de novela mexicana dentro do prédio da Prefeitura. Cenas que estão registradas em um boletim de ocorrência na delegacia da cidade e na mente dos servidores que testemunharam aquela baixaria de triste memória.  Adilson Gomes Filho

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