domingo, 31 de outubro de 2010

TAMPAR O NARIZ

Há um sentimento, na esquerda que não se rendeu, de que o próximo governo, seja qual for, vai ser pior que o governo Lula. Na nossa avaliação, também levamos em conta isso. Um governo Serra pode ser pior ainda, mas o governo Dilma pode ser pior que o governo Lula, do ponto de vista da esquerda. A crise do capitalismo está se agravando, está se espalhando pela Europa. Por mais que no Brasil se diga que aqui a crise não vai chegar, você sabe melhor do que eu que há um risco sério. Num governo Dilma, o PMDB vai ter um peso maior que no governo Lula. O vice-presidente do Lula é o José de Alencar, que fica só reclamando de juros. Enquanto o vice da Dilma é da máquina do PMDB, que já tem seis ministérios no governo Lula. Imagine quantos terá num governo Dilma.
Estamos muito mais próximos dos companheiros que estão com o voto nulo do que os que estão com o voto acrítico em Dilma. Nós respeitamos, como legítima, a posição dos companheiros que estão propondo o voto nulo, mas achamos que neste caso estão incorretos. A maioria dos documentos propondo o voto nulo tem uma contradição. Começam dizendo assim: não queremos que os tucanos voltem, o FHC foi um terror e tal. Reclamam do governo Lula, com toda a razão, e concluem com o voto nulo. Se não queremos que voltem os tucanos, usando uma expressão italiana, vamos “tampar o nariz” e votar na Dilma.
Nós achamos que quanto pior, pior; não quanto pior, melhor. É disso que se trata.
Os companheiros da esquerda que estão com o voto crítico ou com o voto nulo estarão muito mais próximos de nós, nas lutas, nas ruas, do que os que estão com o voto acrítico em Dilma. Porque estes, se Dilma vencer, vão continuar conciliando, babando o ovo do governo, que é um governo social-liberal.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

INDIFERENTES

Odeio os indiferentes. Acredito que "viver significa tomar partido". Não podem existir os apenas homens, estranhos à cidade. Quem verdadeiramente vive não pode deixar de ser cidadão, e partidário. Indiferença é abulia, parasitismo, covardia, não é vida. Por isso odeio os indiferentes.

Alguns choramingam piedosamente, outros blasfemam obscenamente, mas nenhum ou poucos põem esta questão: se eu tivesse também cumprido o meu dever, se tivesse procurado fazer valer a minha vontade, o meu parecer, teria sucedido o que sucedeu? Mas nenhum ou poucos atribuem à sua indiferença, ao seu cepticismo, ao fato de não ter dado o seu braço e a sua atividade àqueles grupos de cidadãos que, precisamente para evitarem esse mal combatiam (com o propósito) de procurar o tal bem (que) pretendiam.

sábado, 23 de outubro de 2010

MORENO/PE- SANEAMENTO BÁSICO

O tratamento do esgoto da nossa cidade foi iniciado há um bom tempo e no entanto até agora as obras ainda não foram concluídas.É importante fiscalizarmos e cobrarmos a sua conclusão. É muito triste ver a situação do nosso rio sendo utilizado como esgoto.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Moreno/PE - COMUNIDADE CONTRA INSTALAÇÃO DE DANCETERIA

Comunidade do alto da Maternidade- Moreno/PE realizou nesta quinta-feira(21/10) uma reunião onde foi discutida a instalação de uma "DANCETERIA" na Av Cleto Campelo. Apreensivos pelo fato de empreendimentos dessa natureza só irá trazer problemas para os moradores daquela localidade elaboraram um abaixo assinado que será entregue a promotoria pública , prefeito e demais autoridades pra que sejam tomadas as devidas providências.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

MORENO/PE -TRANSPORTE ESCOLAR


Prefeitura de Moreno tem dois dias para regularizar transporte escolar na cidade

Folha Digital
informações da assessoria
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE), através do promotor Leonardo Brito Caribé, conseguiu liminar na Justiça obrigando o município de Moreno a fornecer, dentro de dois dias, transporte escolar ininterrupto, gratuito e de qualidade aos estudantes da rede pública de ensino da cidade. Além disso, no máximo em um mês, todos os ônibus devem estar adequados às resoluções dos órgãos de trânsito.
O objetivo é regularizar a situação do transporte escolar na cidade que, segundo o MPPE, tem apresentado diversos problemas à população, como paralisações por falta de pagamento da Prefeitura e ônibus em péssimo estado de conservação. A Promotoria da cidade recebeu, ainda, notícias de motoristas trabalhando bêbados e sem habilitação e que algumas crianças e adolescentes residentes na zona rural não estão sendo atendidos pelo serviço.

De acordo com o promotor Leonardo Caribé, a questão do transporte escolar no município não é nova. No final de 2009, havia sido aprovado um termo de ajustamento de conduta (TAC) entre o Ministério Público e a Prefeitura de Moreno para assegurar a oferta contínua e sem interrupção do transporte aos estudantes da cidade. No entanto, a Prefeitura não cumpriu as obrigações assumidas, o que levou ao ajuizamento da ação civil pública junto à Justiça.

Segundo o promotor, a situação se agravou tanto que havia escolas onde alguns alunos eram liberados mais cedo pelos professores, às vezes perdendo quase a metade do horário escolar, para que retornassem caminhando por cerca de duas horas para não chegar em casa à noite.

O Folha Digital tentou entrar em contato com a Prefeitura para saber como está o andamento da situação, mas não obteve sucesso.

Maria Aparecida Lemos Melo

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

ELEIÇÃO PARA DIRETOR DE ESCOLA

PROFESSORES E ALUNOS DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE MORENO/PE IRÃO ESCOLHER A DIREÇÃO DE SUAS RESPECTIVAS ESCOLAS . A LOUVÁVEL ATITUDE DO PREFEITO EDVARD BERNARDO MERECE NOSSO APOIO POR ENTENDERMOS QUE APESAR DE TODAS AS ADVERSIDADES AINDA É O MELHOR MODO DE ESCOLHER NOSSOS REPRESENTANTES. INFELIZMENTE O GOVERNO DO ESTADO INDICOU DE FORMA AUTORITÁRIA A DIREÇÃO DAS ESCOLAS ESTADUAIS. NOTA ZERO PARA O GOVERNO DE EDUARDO CAMPOS E DEZ PARA O PREFEITO EDVARD BERNARDO DE MORENO.JUSTIÇA SEJA FEITA .

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

ELEIÇÕES 2010 - REFLEXÃO

AS ELEIÇÕES BRASILEIRAS



No Brasil, as eleições presidenciais de domingo 3 deram os resultados

previsíveis. Os três candidatos sistémicos (Serra, Dilma & Marina)

tiveram uma votação aparentemente esmagadora. Dispondo de recursos

milionários e com o apoio de todos os media, fizeram uma campanha

morna evitando cuidadosamente falar de tudo o que fosse importante.

Nenhum deles sequer aflorou questões "polémicas" como a Reforma

Agrária, a política económica e monetária neoliberal, a ruptura com o

imperialismo, o modelo exportador baseado no agrobusiness, a defesa do

petróleo brasileiro, etc. Palavras como "neoliberalismo" e

"capitalismo" nunca foram ouvidas na boca de tais candidatos. Os media

corporativos centraram-se sobre os casos habituais de pequena e média

corrupção, explorando o moralismo das camadas médias. Os marqueteiros

e as agências de publicidade ganharam dinheiro com estes candidatos.

Aquela apoiada por Lula teve mesmo de fazer contorsionismos para dar o

dito por não dito (acabou por capitular na questão da despenalização

do aborto, renegando declarações anteriores).

Os quatro candidatos progressistas foram praticamente

"invisibilizados" nestas eleições. Fizeram campanhas pobres em

recursos mas ricas em ideias. Foram os únicos que realmente levantaram

problemas sérios e utilizaram as suas campanhas para fazer

esclarecimento e romper o bloqueio hegemónico imposto pelos media das

classes dominantes. Apesar disso, mesmo com todas as limitações, estes

quatro candidatos (Plínio de Arruda Sampaio, Ivan Pinheiro, Zé Maria e

Rui Pimenta) conseguiram uma votação somada de 1.022.767 votos . Em

termos quantitativos parece pouco. Mas em termos qualitativos estes

votos mostram que há mais de um milhão de brasileiros que não se

deixam enganar pela demagogia eleitoralista e pela burla do voto dito

"útil" que acaba por ser inútil. Este milhão de cidadãos conscientes

poderá vir a constituir a base para a frente anti-capitalista e

anti-imperialista de que o Brasil precisa". ( fonte - Resistir.info)


sábado, 16 de outubro de 2010

NOVA REALIDADE

O progresso chegou de vez em Moreno. Tivemos nosso primeiro assalto a banco seguido de explosão,tudo filmado pelas cameras internas do próprio banco, resultado de uma ação digna de cinema. Os assaltos a pedestres, os roubos de celulares nas esquinas durante a noite a violência generalizada já não está causando mais impacto nenhum, o povo já está acostumado. O negócio agora é assunto que dê mídia nacional . Ainda bem que todos estão com a "certeza " de que tudo está melhorando. Realmente o melhorismo e real porém as graves questões sociais de forma contraditória tendem a avolumar-se . Isso sim! Merece uma profunda reflexão.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

MORENO/PE -

HOSPITAL E MATERNIDADE HARMINDO MOURA - MORENO /PE


É comum vermos uma placa indicativa da reforma de uma obra mesmo sendo particular. Essa necessidade aumenta quando se trata de uma obra pública ou que recebe dinheiro público. No entanto em Moreno/PE isso parece irrelevante. No Hospital e Maternidade Harmindo Moura (HMHM) , está sendo realizada uma reforma e até o presente momento não é possível visualizar uma placa onde conste:
- RESPONSÁVEL PELA OBRA -VALOR DA OBRA -ORIGEM DO DINHEIRO

AFINAL O HOSPITAL E MATERNIDADE HARMINDO MOURA NÃO É PRIVADO PERTENCE A SOCIEDADE, APESAR DA MESMA NÃO SABER OU NÃO ESTÁ NEM AÍ PARA O QUE ACONTECE COM A SAÚDE DO NOSSO MUNICÍPIO... COMO A SEGUNDA OPÇÃO PARECE SER A MAIS PROVÁVELO .... TÁ VALENDO!!! É SÓ RELAXAR E DEPOIS CHORAR SOBRE O LEITE DERRAMADO...

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

O fim da política (ou “O consenso fraudado da democracia”)

Uma das principais discussões dos teóricos da Ciência Política brasileira é sobre a qualidade da democracia do país. Como cientista político e agente político, percebo que esta discussão, embora necessária, está cada vez mais subordinada (e seqüestrada) por uma matriz norte-americana, cujos focos de pesquisa e interesses são, no que concerne à democracia brasileira, estreitos em termos político-ideológicos e propriamente políticos. Não me ocupo, a seguir, de uma análise das causas dessa subordinação (um dia, nossos cientistas políticos, tão solenes em falar obviedades a partir de estatísticas eleitorais, talvez consigam olhar o Brasil sem as viseiras teóricas anglo-saxãs). Pretendo, em breves linhas, tratar de algo perigoso e invisível, pois aparentemente natural no cotidiano da política e dos políticos brasileiros: a consagração de uma ideologia de natureza neofascista e o fim da política, efeito direto do enfraquecimento do nosso regime semidemocrático.

A olhos vistos, estão visivelmente desmanchando-se, no Brasil, alguns elementos condicionantes do que podemos chamar de uma institucionalidade política de corte liberal. Esta institucionalidade nunca foi robusta, está / estava apenas em formação, em forma e conteúdo, por meio de institutos e órgãos públicos e privados que lhe davam / dão uma funcionalidade e um perfil. Sua fraqueza acentua-se, entre outras coisas:

a) pela judicialização da política;

b) pela ausência / desprezo da isonomia na disputa eleitoral (assegurada pelos próprios TSE / STF);

c) pelo abusivo poder discricionário da mídia em ignorar candidatos diferenciados, em termos político-ideológicos; e

d) pela falta total de vigilância / controle sobre a ação do capital privado (industrial e financeiro, sobretudo) em “apoiar” uma rede de candidatos do capital, cartelizando a disputa em todos os níveis.

Estas causas produzem, a cada eleição, um consenso fraudado da representação política nas casas legislativas do país. Poderíamos, nós comunistas do PCB, até “gostar” desse desmanche, dado que talvez pudesse representar dialeticamente a gestação de algo novo, um conteúdo prenunciando uma nova política. Pensar assim (na perspectiva do “quanto pior, melhor”) seria uma rematada estupidez política. Desse quadro não sairá nada de superior, antitético, para conformar uma síntese. O que vemos é a gestação de um ovo da serpente, tanto mais letal na medida em que os políticos burgueses, lambuzando-se no festim dos milhões de votos desse consenso fraudado, nessa democracia de papel, consagram-se sob as bênçãos do capital, das togas autoritárias e da imprensa vil e venal.

A serpente desse ovo é neofascista. Não necessita da força, da ameaça, da perseguição. Ela simplesmente inocula na vida política das instituições e na mentalidade política dos cidadãos uma visão naturalizada dos embustes da semidemocracia brasileira. E cria até mistificações do tipo “Ficha Limpa”, pois esta (embora uma iniciativa positiva) não vem acompanhada da necessária vigilância e efetivo controle sobre o uso (em geral, sujo, para compra de votos) dos milhões de reais “doados” por essas almas de empresários caridosos, durante as campanhas eleitorais. Quem não sabe que qualquer empresário, na verdade, empresta dinheiro aos candidatos da ordem político-ideológica burguesa, e depois cobra com juros de agiota político (que tal auditar as licitações nas quais concorrem empresas da construção civil que “apóiam” os candidatos com chances fortes de vencer?). No Brasil, ser honesto é favor.

Em Pernambuco, nestas eleições, podemos identificar, como fenômenos particulares daquele enfraquecimento institucional referido, o delineamento de dois projetos sociais, políticos e econômicos antagônicos, como propostas de governo, à esquerda e ao centro. Ainda que, nestes campos ideológicos, haja nuances quanto ao grau de radicalidade das propostas político-sociais de cada grupo / coalizão partidária, para menos ou mais, vemos consolidar-se no Estado, a cada eleição, duas agendas opostas que talvez reflitam a) o estreitamento das margens de intervenção / influência, à esquerda, nos processos político-eleitorais, e b) a hegemonização, pelo centro, desses mesmos processos, provocando ao mesmo tempo aquele estreitamento.

Para efeito de classificação, definimos aqui como esquerda política do Estado os partidos PCB, PSOL e PSTU. E de centro o PT e o PSB, pois ainda que seus estatutos e discurso militante retoricamente aludam ao vocábulo socialista, efetivamente, estas duas agremiações concebem e praticam a política em si e as políticas públicas com arranjos institucionais de centro, à guisa de tentar equilibrar a relação capital-trabalho na gestão estatal – o que apenas decalca a mesma prática e concepção do lulismo, em nível nacional. Não tratamos, aqui, dos partidos de direita e / ou centro-direita pelo fato dessas agremiações não formularem uma agenda político-social na qual seja possível discernir diferenças de fundo com a centro-esquerda amestrada pela classe financeira e industrial que se apropria do Estado na teoria e na prática. Esta é, aliás, a grande desgraça do DEM, PSDB e PPS: prepararam um belo jantar para os convivas estranhos (PT e PSB) degustarem não apenas os pratos, mas também se apropriarem da cozinha, ou seja, do Estado. Olhem com cuidado e tentem encontrar nas agendas político-sociais de ambos os candidatos das coalizões partidárias de centro e de direita concepções de gestão pública, grau de domínio da tecnocracia, grau de intervenção do poder estatal etc, algum fundamento político-ideológico que, em essência, os antagonizem. Quanto ao PV, não sabemos ainda o que é ideologicamente, ainda que seu discurso também se incline para uma concepção político-ideológica de centro. A rigor, o PV, hoje, podia estar tanto coligado com o PT quanto com o PSDB.

Na judicialização da política (e no seu oposto antitético, ou seja, a politização do Judiciário), vemos a falência das instituições cujo papel é manter / aprimorar os sistemas de controle e fiscalização em nome dos princípios republicanos. Nos últimos anos, a influência do Executivo sobre o Poder Judiciário institucionalizou uma relação de promiscuidade – e aqui incluímos o PT e o PSDB, na mesma medida, pois o fenômeno não começou nas gestões de Lula. O candidato Serra teria ligado para o ministro Gilmar Mendes? Os ministros do STF abençoados pelo PT votam com independência?

A ausência / desprezo da isonomia na disputa eleitoral (assegurada pelos próprios TSE / STF) e o abusivo poder discricionário da mídia em ignorar candidatos diferenciados, em termos político-ideológicos, são outros graves sinais do neofascismo. Como se concebe que uma lei regulamente e permita, pela mídia, tratamento desigual para iguais? Ou não devem ser considerados iguais, na disputa, os candidatos inscritos para concorrer? Afinal, qualquer candidato ao Executivo exercerá seu mandato no início da nova legislatura. Já imaginaram a situação, conforme essa lei autoritária, de o PCB eleger 40 deputados federais ou 10 senadores e os seus candidatos aos governos estaduais e à presidência da República não terem tido espaço nos debates das TVs? Não é absurdo, ainda, uma TV privada, que opera mediante concessão pública do sinal, decidir se convida ou não determinados candidatos majoritários? O PT e o PSDB, que se acusam sobre o tema do cerceamento da liberdade de imprensa e de expressão, sequer tocam nesta questão. É claro que o PT, caso fora do poder e submetido a esta situação, estaria vociferando e pregando “fora, Presidente”, como nos velhos tempos.

Por último, a falta total de vigilância / controle sobre a ação do capital privado (industrial e financeiro, sobretudo) em “apoiar” uma rede de candidatos do capital, cartelizando a disputa em todos os níveis, é outro sinal da falência do processo político-eleitoral. Muitos “fichas limpas”, por meio dos seus cabos (bandidos) eleitorais, estarão distribuindo desde 5 a 50 reais pelo voto, sobretudo nas periferias miseráveis das capitais e grandes cidades. Centenas de candidatos serão eleitos neste vergonhoso mercado. As burras cheias pelos Caixas 2 vão se abrir generosamente para dar corpo ao consenso fraudado. O PT e o PSDB querem realmente uma reforma política que crie, por exemplo, o financiamento público e fiscalizado das campanhas? Em dezesseis anos de poder sempre postergaram, em interesse próprio, essa necessidade.

A campanha político-eleitoral de 2010 sedimentou, na forma e no conteúdo, uma institucionalidade política conformada pelo poder do capital privado, que perverte o instituto da representação parlamentar, mesmo nos limites da ideologia política liberal. Não somos adeptos do profetismo político, mas desse quadro de promiscuidade ideológica, corrupção eleitoral e falência das instituições não deverá sair uma democracia robusta. Sobretudo porque, como a história nos ensina, a direita brasileira não suporta viver muito tempo na oposição. O problema, contudo, reside no fato de que o PT, no exercício do poder, não difere em essência dessa mesma direita “social-democrata”, em termos de concepção de Estado e modelo de governança.

O que se conformar na política de Pernambuco estará essencialmente relacionado com o quadro nacional. Caberá à única oposição político-ideológica no Estado, ou seja, aos partidos de esquerda, diagnosticar a situação e formular uma agenda de lutas junto aos movimentos sociais e populares, sobretudo, mas não exclusivamente. Os desafios são gigantescos para poucos militantes e pequenas estruturas. Mas, se resistimos até agora, porque não podemos começar a construir, desde já?

Roberto Numeriano

terça-feira, 5 de outubro de 2010

INTRODUÇÃO AO PENSAR


A filosofia surgiu na Grécia por volta do século V antes de nossa era. Filosofia é uma
palavra grega que provém da junção de duas palavras: philo (amor ou amizade) e
sophia ( saber ou sabedoria). A filosofia foi a forma encontrada pelos gregos para
superar as explicações mitológicas sobre o mundo, baseadas em histórias fantásticas
ou em crenças mitológicas, pois ainda não haviam as ciências propriamente ditas e o
conhecimento da natureza e seus múltiplos fenômenos era muito rudimentar. Através
da filosofia busca-se compreender o mundo e a existência dos homens de modo
racional e sistemático. Ao contrário das ciências, que focam a sua análise em um
determinado campo, especificando o entendimento humano sobre o mundo e a origem
de todas as coisas, a filosofia nasceu e continua sendo uma disciplina que busca dar
respostas totalizantes acerca da realidade, generalizando e entrelaçando as relações
entre as conquistas das ciências naturais e sociais.
Qual é a relação entre a consciência humana e a realidade que nos rodeia? Que lugar
ocupa o homem no mundo? De que modo o vai conhecendo? Todas estas questões
constituem o fundamento da concepção de mundo, quer dizer, de todo um sistema de
representações e conceitos do mundo.

CAUSAS DA VIOLÊNCIA NO BRASIL

Nos últimos anos, a sociedade brasileira entrou no grupo das sociedades mais violentas do mundo. Hoje, o país tem altíssimos índices de violência urbana (violências praticadas nas ruas, como assaltos, seqüestros, extermínios, etc.); violência doméstica (praticadas no próprio lar); violência familiar e violência contra a mulher, que, em geral, é praticada pelo marido, namorado, ex-companheiro, etc...
A questão que precisamos descobrir é porque esses índices aumentaram tanto nos últimos anos. Onde estaria a raiz do problema?...
Infelizmente, o governo tem usado ferramentas erradas e conceitos errados na hora de entender o que é causa e o que é conseqüência. A violência que mata e que destrói está muito mais para sintoma social do que doença social. Aliás, são várias as doenças sociais que produzem violência como um tipo de sintoma. Portanto, não adianta super-armar a segurança pública, lhes entregando armas de guerra para repressão policial se a “doença” causadora não for identificada e combatida.

Exceto nos casos de loucura, a violência pode ser interpretada como uma tentativa de corrigir o que o diálogo não foi capaz de resolver. A violência funciona como um último recurso que tenta restabelecer o que é justo segundo a ótica do agressor. Em geral, a violência não tem um caráter meramente destrutivo. Na realidade, tem uma motivação corretiva que tenta consertar o que o diálogo não foi capaz de solucionar. Portanto, sempre que houver violência é porque, alguma coisa, já estava anteriormente errada. É essa “coisa errada” a real causa que precisa ser corrigida para diminuirmos, de fato, os diversos tipos de violências.
No Brasil, a principal “ação errada”, que antecede a violência é o desrespeito. O desrespeito é conseqüente das injustiças e afrontamentos, sejam sociais, sejam econômicos, sejam de relacionamentos conjugais, etc. A irreverência e o excesso de liberdades (libertinagens, estimuladas principalmente pela TV), também produzem desrespeito. E, o desrespeito, produz desejos de vingança que se transformam em violências.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

ARMEI A REDE E DEITEI

MAIS UMA PROMESSA

A rua OsórioTtravasso Sarinho, alto da liberdade, nesta cidade, foi calçada parcialmente. O calçamento chegou á rua Antonio Vasconcelos. Daí pra frente e só mato , lixo e lama. Resido na rua Osório Travasso Sarinho, justamente n trecho após o calçamento, há mais de quarenta anos. E nesse longo período- quase meio século-, solicitei de todos os prefeitos que administraram o município neste período( exceto o interventor) uma melhora no acesso á minha residência e também ás residências dos outros moradores. Todos os prefeitos prometeram melhorar. Só prometeram, inclusive o atual. Em janeiro de 2007 consegui uma audiência com o atual gestor. Expus o problema, mostrando fotos, para que o pedido ficasse bem entendido. Inteirado do problema , sua excelência me disse : “GONÇALVES, NO MOMENTO EU NÃO POSSO ATENDÊ-LO PORQUE ESTAMOS EM CIMA DO CARNAVAL E EU TENHO MUITOS COMPROMISSOS PARA SALDAR. MAS, PASSADO OCARNAVAL, FICA TRANQUILO QUE EU RESOLVO O TEU PROBLEMA”. E como sabemos, todos os anos temos carnaval. Então, passados os carnavais de 2007, 2008,2009 e 20120 e como mais uma vez a promessa não foi cumprida, eu, cansado de esperar, armei a rede e me deitei...

Antônio Gonçalves da silva