domingo, 4 de agosto de 2019

POBRE DO POBRE DE DIREITA

Ao pobre de direita não interessa saber o que é presunção de inocência porque isso pode beneficiar aquele a quem considera um adversário político. Mas se indigna quando a polícia invade a sua casa; quando revista a mochila dos seus filhos a caminho da escola; quando as forças do estado revistam os seus bolsos e, não encontrando nada, atiram os seus documentos no chão. Para se agachar. Para se sentir um trapo humano.
O pobre de direita tem uma ética caolha que não o permite enxergar a corrosão do sistema político por inteiro. Que a corrupção é sistemática, muitas vezes representada socialmente pelo que chamamos de ‘o jeitinho brasileiro’. Furar fila, fraudar testes para obter a CNH, fraudar institutos para receber diplomas e certificados, adulterar, corromper, subornar, ludibriar.

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