Apesar de criticamos pesadamente e por diversas vezes a banda da classe média que se apegou a valores fascistas, neoliberais e individualistas. Pegamos pesado com ela porque a classe média merece uma crítica mais ácida por ser teoricamente mais bem informada que as classes mais baixas. Já com os pobres de direita, a crítica precisa ser outra. Não podemos cometer a injustiça de culpar alguns pobres por eles serem de direita ou por apoiarem este governos de direita.
O pobre de direita é o subproduto, é uma vítima, de uma mídia mal caráter e oligopolista que se utiliza de artifícios desonestos para manipular a opinião pública. O pobre que passa o dia inteiro trabalhando, preso no trânsito e sem alternativa de entretenimento a não ser a televisão não tem como saber das maracutaias políticas do país a não ser através da própria televisão. Ele então liga a tevê para assistir um telejornal achando que está se informando, mas está, na verdade, se tornando massa de manobra. O pobre de direita acredita, em sua santa inocência, que a grande mídia corporativa é séria e imparcial – fato que o coloca como alvo central da lavagem cerebral. Este pobre ingênuo não é mal, é apenas manipulado.
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