Agradar os ingratos e confortar o ego de uma massa que aplaude a insanidade é algo que eu nunca fiz.
Alexandre |
Schopenhauer diz que "quanto mais inteligente você for, mais sofrerá". Concordo com ele, o sofrimento acompanha os espíritos mais nobres. Por isso a solidão sempre foi algo confortante para mim, mesmo que às vezes eu tente ser sociável, porém, definitivamente não me agradar estar entre os que dormem...Tenho tendência quase que natural a não ter muito contato com humanos, os animais são mais verdadeiros. Sou perfeito? Óbvio que não! Por isso mesmo procuro isolamento. Falar sobre solidão é também falar de individualidade e amor próprio. Sartre dizia que se você estiver sozinho e não se sentir bem, cuidado, você não está em uma boa companhia, em outras palavras: a solidão não deve ser encarada como algo negativo em sua vida, pelo contrário, ela permite a reflexão de quem nós somos, como disse Schopenhauer : “a solidão revela o nosso ser.” Quando eu era mais jovem e ligado ao cristianismo, minha tendência era ser sociável, mas depois, aos poucos, lendo e vendo a vida com toda sua concretude, adquiri um gosto pela solidão, fui ficando pouco sociável e resolvi me dedicar inteiramente a mim pelo resto dessa vida fugaz. Nietzsche diz: “Não ouse roubar a minha solidão se você não for capaz de me fazer real companhia.” Não podemos roubar a solidão de ninguém se nós não podemos oferecer uma verdadeira companhia, isto é, querer estar com a pessoa pelo simples desejo amigável, totalmente desinteressado. O ato de conectar-se consigo mesmo é um ato de revolução de si. Não é todo mundo que deseja fazer isso, pois requer muito esforço, e por vezes abandono de velhos hábitos não saudáveis. Parece ser egoísta, talvez realmente seja, mas isso não significa que seja algo ruim. Jung diz que “quem olha para fora sonha e quem olha para fora dentro acorda”. Nós temos muitas questões internas que precisam de soluções e o agente transformador só pode ser nós mesmos.
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