terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

A SOLIDÃO REVELA NOSSO SER



Agradar os ingratos e confortar o ego de uma massa que aplaude a insanidade é algo que eu nunca fiz.
Alexandre
Embora seja alguém com um grau de sensibilidade maior do que outras pessoas, isso não me faz melhor, talvez interessante...
Schopenhauer diz que "quanto mais inteligente você for, mais sofrerá". Concordo com ele, o sofrimento acompanha os espíritos mais nobres. Por isso a solidão sempre foi algo confortante para mim, mesmo que às vezes eu tente ser sociável, porém, definitivamente não me agradar estar entre os que dormem...Tenho tendência quase que natural a não ter muito contato com humanos, os animais são mais verdadeiros. Sou perfeito? Óbvio que não! Por isso mesmo procuro isolamento. Falar sobre solidão é também falar de individualidade e amor próprio. Sartre dizia que se você estiver sozinho e não se sentir bem, cuidado, você não está em uma boa companhia, em outras palavras: a solidão não deve ser encarada como algo negativo em sua vida, pelo contrário, ela permite a reflexão de quem nós somos, como disse Schopenhauer : “a solidão revela o nosso ser.” Quando eu era mais jovem e ligado ao cristianismo, minha tendência era ser sociável, mas depois, aos poucos, lendo e vendo a vida com toda sua concretude, adquiri um gosto pela solidão, fui ficando pouco sociável e resolvi me dedicar inteiramente a mim pelo resto dessa vida fugaz. Nietzsche diz: “Não ouse roubar a minha solidão se você não for capaz de me fazer real companhia.” Não podemos roubar a solidão de ninguém se nós não podemos oferecer  uma verdadeira companhia, isto é, querer estar com a pessoa pelo simples desejo amigável, totalmente desinteressado. O ato de conectar-se consigo mesmo é um ato de revolução de si. Não é todo mundo que deseja fazer isso, pois requer muito esforço, e por vezes abandono de velhos hábitos não saudáveis. Parece ser egoísta, talvez realmente seja, mas isso não significa que seja algo ruim. Jung diz que “quem olha para fora sonha e quem olha para fora dentro acorda”. Nós temos muitas questões internas que precisam de soluções e o agente transformador só pode ser nós mesmos.

                               

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