Foto: Elano Sena |
Os opressores, que fazem política
cotidianamente, valorizam as eleições para passar aos oprimidos a
impressão de que política é poder votar livremente num candidato, na
maioria das vezes um opressor! Daqui a dois anos, chegará novamente
a “hora da política”.
Este teatro - farsa, drama e comédia -
não tem nada de democrático. Democracia é igualdade de condições para se
travar qualquer disputa. A desigualdade está nas fortunas gastas nas
campanhas, no financiamento de empresas, na corrupção, na manipulação
midiática, na maquiagem demagógica de candidatos.
Os verdadeiros temas políticos e
ideológicos são colocados em segundo plano, imperando a demagogia e o
debate técnico sobre como resolver problemas em geral insolúveis no
capitalismo.
Mas nós comunistas não renunciamos a luta
em qualquer que seja o terreno. Mesmo conhecendo suas desvantagens, enfrentamos a
burguesia em seu próprio campo, desmascarando-a, denunciando o sistema
político, econômico e social.
O PCB de Moreno/PE não participou dessas eleições porque não queremos mais meras coligações eleitorais. Queremos uma frente permanente, para a luta cotidiana
contra o capital e o imperialismo, na perspectiva do socialismo.
Os nosos resultados políticos foram
positivos ; os resultados eleitorais inesistiram, pois o PCB se recusa
a participar de coligações com partidos da ordem, que poderiam nos
assegurar mandatos ou projeões meramente eleitoreira, que custariam caro à nossa coerência política,
ao nosso projeto de ruptura com o capital.
As
direções do PCB não vacilaram em anular coligações espúrias, retirar
candidaturas, dissolver instâncias partidárias, expulsar os que se
degeneraram. O Partido sai depurado dessas eleições.
Assim mesmo, contra a nossa vontade,
ainda disputarão essas eleições alguns candidatos que, apesar de
impugnados e expulsos pelo PCB, conseguiram manter a candidatura por
força de decisões judiciais. Não são candidatos do PCB, mas de juízes e
grupos oligárquicos locais. São produtos residuais de filiações
indiscriminadas feitas antes de nossa decisão de só admitir militantes
(e não apenas filiados) por recrutamento (e não por filiação). Servem de
lição para redobrarmos nossa vigilância revolucionária.
Mas as eleições passam e a luta
continua. Não será através delas que construiremos o socialismo, nem
diminuiremos a exploração capitalista.
Gostei do tipo de fonte dos títulos das postagens mas o texto ficar cansativo por conta do tamanho da fonte e do tipo. Talvez ficasse melhor a leitura com trechos de 4 a 5 linhas e separada entre uma linha.
ResponderExcluirParabéns pelo trabalho.