segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Noel Rosa e o feitiço da vila

Artur Porto

Nasci
no meio dos bambas, no enredo do meu samba
a alegria corria solta na avenida via a minha gente humilde chorar de alegria
mulheres tão lindas, dentro de suas fantasias como uma estrela que reluzia
mais alva e serena, esse pranto que escorre dos olhos da mulher amada
Parecem
gotas de orvalho, que escorrem no teu seio imaculado
parecem diluir na minha lembrança o meu último desejo
Como
um abre alas o cavaquinho deixa cair noite afora pedaços do meu coração
Sinto
a boêmia correr no feitiço da vila, que outrora carrego comigo
E
nele, escondo um canto sem lamento
entre os botequins da vida fiz a minha derradeira serenata
e da minha alcova, o meu leito de morte
Aos
grandes baluartes a nossa mesura, de prestar honra
a quem foi um  grande mestre de levar esperança
Sem
precisar de demagogia , o samba tem graça, grande poeta Noel Rosa.

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