Os políticos já usaram em proveito próprio,
aquela que é considerada a maior paixão nacional. O desempenho positivo
da seleção brasileira na Copa do Mundo é sempre recebido com portas pelo
Palácio do Planalto. Coincidência ou não,
desde 1994, o maior torneio de futebol do planeta cai no ano das
eleições presidenciais e há temerárias análises de como o título, o
desapontamento ou o vexame protagonizado pelos jogadores poderia
refletir nas urnas.
Perder ou ganhar Copa não quer dizer, ao governo de plantão, fracasso
ou sucesso garantido, respectivamente, no próximo pleito. Em 2002, o
Brasil ganhou o penta campeonato mundial e a Família Scolari não ajudou
Fernando Henrique Cardoso (PSDB) a fazer seu sucessor. Em 2006 e 2010, a
seleção não chegou nem às semifinais e o PT reelegeu Luiz Inácio Lula da
Silva e elegeu Dilma Rousseff.
Futebol tem pouca
influência nas eleições. Mas este ano será a exceção à regra pelo fato da Copa do Mundo ser no Brasil, muito
mais pelo que pode ocorrer fora de campo do que pelo que se passar
dentro dele.
As pesquisas que se seguiram mostraram uma queda de Dilma
Rousseff e de quase todos os outros representantes do Poder Executivo,
governadores e prefeitos de grandes cidades. Com os números das
pesquisas já acomodados depois de meses e a recuperação parcial da
popularidade dos detentores de mandato, o que fica ainda presente nas
pesquisas é o aumento do nível de exigência da
população em relação à classe política.
Os índices atuais apontam a presidente Dilma Rousseff na frente das pesquisas de
aprovação, e um aumento nas pesquisas dos seus maiores adversários o que não significa um cenário bom para Aécio Neves (PSDB) e Eduardo
Campos (PSB), que serão os nomes mais fortes da oposição. No máximo, isso apenas reflete a insatisfação do povo que procura novas alternativas mas na medida que começam a avaliar o cenário político percebem que o discurso da oposição é desprovido de fundamentos e no mínimo conseguem se apresentar com “menos mau” por eles não estarem com o abacaxi em suas mãos. O problema é que o população sabe que estão pousando de oposição mas foram amplamente beneficiados pelo governo que hoje criticam, já que fizeram partes ou apoiaram o governo petista. Essa atitude da atual "posição" faz com que a rejeição do tucano e do pessebista seja alta. Cabe aos leitores refletirem e avaliarem para que na hora do voto possa escolher o melhor caminho para o país .
´Num ano atípico como esse esperamos que, no país do futebol, o futuro político do Brasil não fique
dependente dele mais sim de critérios que levem a escolher o melhor representante para o nosso país.
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