terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

CARNAVAL

 ...Quem contempla os programas televisivos em período carnavalesco parece que está vivendo uma fábula, e esta, criada pela indústria do "entretenimento profano", tenta levar os expectadores (no caso do carnaval, os adultos) a um mundo só de alegria. A palavra de ordem é brincar, pular, cantar, dançar, beber, comer, transar (desde que "com camisinha").


Diferente de todos os demais dias do ano, onde os noticiários expôem o cotidiano da violência (local e mundial), no período da Festa de Momo, as manchetes trágicas, por razões bem lógicas, desaparecem da mídia.

Contudo, nos bastidores (entenda-se nas ruas, nas esquinas, nos bares, nas avenidas), tudo não passa de uma doce ilusão. E, em se tratando do carnaval, o caldo da violência e dos acidentes engrossa consideravelmente, cujo saldo disto tudo é terrivelmente vermelho (sangrento), o qual só é revelado a partir da quarta-feira de cinzas.

Outro ponto a ser destacado sobre o carnaval é a descartabilidade dos relacionamentos que surgem, os quais, em sua maioria, descambam em precoces "divórcios" na quarta-feira de cinzas. E, se nos reportarmos aos corinhos carnavalescos, mesmo os mais antigos, vemos impresso em muitos, esta verdade. Um exemplo pode ser verificado em boa parte dos versos da famosa composição "Quem te viu,quem te vê"...

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