No Brasil, assim como em outros lugares, a
classe governante é completamente diferente e separada da massa dos
governados. Aqui, apesar da constituição política ser igualitária, são os ricos que governam, e é o povo, operários e trabalhadores rural, que obedecem
suas leis. O povo não tem tempo livre ou educação necessária para se
ocupar do governo. Já que os ricos tem ambos, eles tem de fato, se não
por direito, privilégio exclusivo. Portanto, tanto aqui como em outros
países a igualdade política é apenas uma ficção pueril, uma mentira.
Na legislação e no
governo, a burguesia é dirigida principalmente por seus próprios
interesses e preconceitos, sem levar em conta os interesses do povo. É
verdade que todos os nossos legisladores, assim como todos os membros
dos governos são eleitos, direta ou indiretamente, pelo povo PORÉM NADA MUDA VERDADEIRAMENTE.
É verdade que, em dia de eleição, mesmo a
burguesia mais orgulhosa, se tiver ambição política, deve curvar-se
diante de sua Majestade, a Soberania Popular. Mas, terminada a eleição, o
povo volta ao trabalho, e os ricos, a seus lucrativos negócios e às
intrigas políticas. Não se encontram e não se reconhecem mais. Como se
pode esperar que o povo, oprimido pelo trabalho e ignorante da maioria
dos problemas, supervisione as ações de seus representantes? Na
realidade, o controle exercido pelos eleitores aos seus representantes
eleitos é pura ficção, já que no sistema representativo, o controle
popular é apenas uma garantia da liberdade do povo, é evidente que tal
liberdade não é mais do que ficção.
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